quinta-feira, 1 de agosto de 2013

No passado dia 5 de julho de 2013 realizou-se na Escola Básica e Secundária Passos Manuel (Agrupamento Vertical de Escolas Baixa-Chiado) o Encontro Regional de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família de Lisboa e Vale do Tejo.


O Encontro foi uma iniciativa conjunta do Agrupamento Vertical de Escolas Baixa-Chiado e do ISCTE-IUL que teve como objetivos:

1) a criação de um espaço de formação e aprendizagem dos técnicos;
2) a partilha e a construção coletiva de conhecimentos, de boas práticas e de identidades; e
3) a afirmação e a valorização dos GAAF, com consequências ao nível do investimento nos técnicos que atuam nestes contextos – consistentemente referidos como uma das principais mais-valias das sucessivas gerações do Programa TEIP.

Subjacente à organização do Encontro esteve uma lógica tripartida entre os saberes do terreno, os saberes da academia e os saberes da política educativa. Como tal, foi um privilégio poder escutar e dialogar com técnicos de GAAF, especialistas da academia e ainda técnicos da EPIPSE – Direção Geral da Educação, que coordena os TEIP a nível nacional.

A assistir ao encontro e a participar ativamente nos workshops estiveram presentes cerca de 80 técnicos. Os técnicos eram sobretudo provenientes de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família de escolas e agrupamentos TEIP, mas também de
outras instituições que atuam junto de crianças, jovens e famílias, tais como: Escolas Públicas e Privadas, Instituições e Cooperativas de Ação Social, Projetos Comunitários, Contratos Locais de Desenvolvimento Social, e ainda investigadores sobre políticas de educação prioritária e TEIP.

Como principais conclusões do Encontro sublinhou-se a importância de os GAAF desenvolverem a sua atividade em equipas transdisciplinares, dada a sua intervenção inevitavelmente sistémica. Para isso, será fundamental a definição de funções dos GAAF, dos papéis de cada um dos seus elementos, bem como a clarificação dos objetivos das equipas na sua intervenção junto das comunidades escolares, educativas e sociais (e.g. alunos, professores, assistentes operacionais, famílias, instituições parceiras, autarquias, CPCJ, EMAT, entre outros).
Ficou claro que para que a qualidade do trabalho desenvolvido possa continuar a aumentar, é necessário investir no desenvolvimento profissional dos técnicos, através de acompanhamento especializado da sua atividade, formação e supervisão.

De facto, os GAAF têm sido cruciais para a transformação das escolas, das suas práticas e dos seus resultados, mas serão tanto mais eficazes quanto mais forem considerados como verdadeiramente pertencentes às escolas e quanto mais estiverem integrados nos seus projetos educativos. Ligado a esta ideia de eficácia do trabalho das equipas estiveram também considerações relativamente ao tipo de intervenção desenvolvida. Considerou-se que os GAAF são absolutamente necessários e fundamentais para a melhoria dos resultados, mas enquanto recursos de natureza transitória (pois associados a um programa de financiamento específico) necessitam atuar de acordo com lógicas e metodologias de capacitação e empowerment.

A avaliação do encontro por parte dos participantes foi muito positiva, salientando-se a qualidade das comunicações apresentadas, o ambiente de partilha criado e o interesse dos workshops.

Todos os participantes manifestaram ainda o seu elevado grau de interesse em participar num encontro futuro, pois, na verdade, este foi o primeiro encontro com estas características e dimensão destinado especificamente a Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família.