No passado dia 5 de julho de 2013 realizou-se na
Escola Básica e Secundária Passos Manuel (Agrupamento Vertical de Escolas
Baixa-Chiado) o Encontro Regional de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família de
Lisboa e Vale do Tejo.
O Encontro foi uma iniciativa conjunta do Agrupamento Vertical de Escolas Baixa-Chiado e do ISCTE-IUL que teve como objetivos:
1) a criação de um espaço de formação e aprendizagem dos técnicos;
2) a partilha e a construção coletiva de conhecimentos, de boas práticas e de identidades; e
3) a afirmação e a valorização dos GAAF, com consequências ao nível do investimento nos técnicos que atuam nestes contextos – consistentemente referidos como uma das principais mais-valias das sucessivas gerações do Programa TEIP.
Subjacente à organização do Encontro esteve uma
lógica tripartida entre os saberes do terreno, os saberes da academia e os
saberes da política educativa. Como tal, foi um privilégio poder escutar e
dialogar com técnicos de GAAF, especialistas da academia e ainda técnicos da
EPIPSE – Direção Geral da Educação, que coordena os TEIP a nível nacional.
A assistir ao encontro e a participar ativamente nos
workshops estiveram presentes cerca de 80 técnicos. Os técnicos eram sobretudo
provenientes de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família de escolas e
agrupamentos TEIP, mas também de
outras instituições que atuam junto de crianças, jovens e famílias, tais como: Escolas Públicas e Privadas, Instituições e Cooperativas de Ação Social, Projetos Comunitários, Contratos Locais de Desenvolvimento Social, e ainda investigadores sobre políticas de educação prioritária e TEIP.
outras instituições que atuam junto de crianças, jovens e famílias, tais como: Escolas Públicas e Privadas, Instituições e Cooperativas de Ação Social, Projetos Comunitários, Contratos Locais de Desenvolvimento Social, e ainda investigadores sobre políticas de educação prioritária e TEIP.
Como principais conclusões do Encontro sublinhou-se a
importância de os GAAF desenvolverem a sua atividade em equipas
transdisciplinares, dada a sua intervenção inevitavelmente sistémica. Para
isso, será fundamental a definição de funções dos GAAF, dos papéis de cada um
dos seus elementos, bem como a clarificação dos objetivos das equipas na sua
intervenção junto das comunidades escolares, educativas e sociais (e.g. alunos,
professores, assistentes operacionais, famílias, instituições parceiras,
autarquias, CPCJ, EMAT, entre outros).
Ficou claro que para que a qualidade do trabalho
desenvolvido possa continuar a aumentar, é necessário investir no desenvolvimento
profissional dos técnicos, através de acompanhamento especializado da sua
atividade, formação e supervisão.
De facto, os GAAF têm sido cruciais para a
transformação das escolas, das suas práticas e dos seus resultados, mas serão
tanto mais eficazes quanto mais forem considerados como verdadeiramente
pertencentes às escolas e quanto mais estiverem integrados nos seus projetos
educativos. Ligado a esta ideia de eficácia do trabalho das equipas estiveram
também considerações relativamente ao tipo de intervenção desenvolvida.
Considerou-se que os GAAF são absolutamente necessários e fundamentais para a
melhoria dos resultados, mas enquanto recursos de natureza transitória (pois
associados a um programa de financiamento específico) necessitam atuar de
acordo com lógicas e metodologias de capacitação e empowerment.
A avaliação do encontro por parte dos participantes
foi muito positiva, salientando-se a qualidade das comunicações apresentadas, o
ambiente de partilha criado e o interesse dos workshops.
Todos os participantes manifestaram ainda o seu
elevado grau de interesse em participar num encontro futuro, pois, na verdade,
este foi o primeiro encontro com estas características e dimensão destinado
especificamente a Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família.