Aplicado a partir de 2000 para
avaliar a qualidade dos sistemas de ensino em todo o mundo, o PISA (Programa de
Avaliação Internacional de Estudantes) passou por mudanças significativas, uma
vez que, a partir de 2015, passou a incluir questões relacionadas com a
resolução colaborativa de problemas, competências sociais e bem-estar
psicológico.
Andreas Schleicher, diretor de Educação e Competências na OCDE e
estatístico alemão envolvido no PISA desde o seu início, considera imperioso
ter em conta as mudanças do mundo e as necessidades das pessoas, bem como a
preparação dos alunos para ter sucesso na economia do século XXI.
Em entrevista à EdSurge, Schleicher fala sobre a evolução do PISA,
defende a importância das avaliações e refere o uso da tecnologia na educação
como algo com grande potencial, mas ainda repleto de falsas esperanças, uma vez
que “em muitos países, a tecnologia tem piorado os resultados, em vez de os
melhorar”. Considera ainda que “muitas das competências tradicionalmente
enfatizadas pelas escolas têm-se tornado cada vez menos importantes para o
sucesso das pessoas. Por outro lado, são exatamente o pensamento criativo, a
resolução de problemas em conjunto e as competências sociais que se têm tornado
mais importantes”. Referiu que na última prova PISA foi incluído “um primeiro
conjunto de medidas tendo em conta fatores como a resiliência e a motivação” e
acrescentou que nem sempre a tecnologia é bem utilizada. Para Schleicher, a tecnologia deve contribuir
fortemente para a equidade na educação atenuando as diferenças, mas não tem
conseguido fazê-lo. A solução passa, fundamentalmente, por reinventar o ensino
e a pedagogia de modo a tornar a aprendizagem mais eficaz.
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