Três ex-alunos do Colégio Luso-Francês - Eduardo Nogueira, Francisca Martins e Gabriel Silva - representaram Portugal na Intel ISEF 2018, a maior Competição de Ciência e Tecnologia do Mundo, que decorreu dos dias 12 a 18 de maio, em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA.
A aventura científica, iniciada há precisamente um ano, culminou com um 2º lugar nos Grand Awards, na categoria "Microbiologia", um resultado inédito para Portugal, nos seus já 20 anos de participação.
A competição envolve anualmente 4 milhões de dólares em prémios, tendo participado, na edição de 2018, 1.400 projetos de 81 países.
O projeto que levou os jovens cientistas aos EUA foi premiado em inúmeros concursos nacionais e internacionais.
Para participarem como finalistas na Intel ISEF, o Eduardo, a Francisca e o Gabriel tiveram que se apurar no concurso "Jovens Cientistas e Investigadores" [JCI], evento coorganizado pela Fundação da Juventude, pela Agência Nacional Ciência Viva e pelo Município do Porto, e que ocorreu nos dias 1,2 e 3 de junho de 2017, na Alfândega do Porto. Na sua 25ª. edição, o JCI contou com a participação de 116 projetos, envolvendo 309 alunos de 56 escolas de todo o país e 74 jurados de várias universidades e centros de investigação portugueses.
Aqui, o projeto ShealS - Sea Heals Soil - foi selecionado para representar Portugal em Tallinn, na Estónia, na final europeia do "European Union Contest for Young Scientists" [EUCYS], que decorreu de 22 a 27 de setembro de 2017. Este concurso é organizado pela Direção Geral da Investigação e da Inovação da Comissão Europeia e integra-se no plano de atividades de «Ciência para e com a Sociedade» da instituição.
Uma vez mais, e após uma avaliação minuciosa de 76 projetos de 43 países, o projeto ShealS foi apurado para representar a Europa na Intel ISEF 2018.
A Intel ISEF é organizada pela Society for Science & the Public, uma organização não governamental, sediada em Washington, que tem como objetivo selecionar e divulgar a melhor investigação desenvolvida por estudantes pré-universitários a nível mundial. Organizada há mais de seis décadas, a competição conta com o apoio financeiro da Intel Corporation e com o know-how académico de mais de 1.000 avaliadores das áreas das Ciências, das Engenharias e do setor da Indústria.
O projeto ShealS tinha como objetivo desenvolver um fungicida natural, à base de extratos de macroalgas marinhas, para combater a doença-da-tinta, uma patologia causada pelo oomiceta Phytophthora cinnamomi, e que afeta espécies florestais de elevado valor económico, como o castanheiro.
O objetivo foi cumprido e o reconhecimento do júri retribuiu plenamente o esforço de meses de trabalho de preparação de uma defesa que se adivinhava muito difícil.
Um agradecimento muito especial à Drª. Susana Chaves [Fundação da Juventude], pelo incansável apoio aos jovens cientistas, à Drª. Terje Tuisk [Estonian Research Council], pelo profissionalismo irrepreensível com que nos acolheu no EUCYS 2017, à Drª. Karen Slavin [European Commission], pelo carinho imenso com que nos tratou (e apadrinhou), à Drª. Jinny Farrell [Society for Science & the Public], pela infindável paciência no longo processo de candidatura do projeto ShealS, aos investigadores que, direta e indiretamente, acompanharam o processo e os incentivaram a nunca desistir.
Fonte: Grupo ShealS