A teia da vida só continua a ser possível com a aprendizagem, que deve
ser mote principal para a emancipação humana: somos seres interdependentes e
articulados numa dinâmica existencial, vinculados uns aos outros como sujeitos
históricos e inseridos num contexto social e cultural revelado a partir dos
processos comunicacionais, frutos das diferentes interações que vamos
estabelecendo ao longo do nosso trilho.(Beauclair,2007)
No passado dia 16 de julho, na Universidade Católica do Porto proporcionou-se uma tarde de reflexão “em rede” entre os vários agentes educativos presentes e diretamente envolvidos na cultura e nas dinâmicas potencializadas pelo Programa TEIP. O tema principal do seminário foi o trabalho em rede e a rede de relações proporcionadas pelo programa. O conceito de rede é usualmente utilizado com diversos significados, e foi devido ao seu caráter polissémico, que o Coordenador Nacional da EPIPSE- Dr. Paulo André abordou alguns pontos: conceito de rede; redes em Portugal; TEIP- uma rede de redes; redes de peritos externos; redes na relação escola, família e comunidade; escolas como organizações que aprendem e redes enquanto comunidades de aprendizagem. Pretendendo, assim, contextualizar e aprofundar o que se entende por redes no âmbito do Programa TEIP e o que se ambiciona que os AE TEIP beneficiem com o trabalho voluntário e em cooperação entre si.
O seminário
contemplou também uma visita guiada e comentada, onde os participantes tiveram
a oportunidade de assistir à apresentação de ações desenvolvidas este ano pelos
AE TEIP de Resende, Monte da Ola, Mesão Frio, Sudeste do Concelho de Baião,
Professor Óscar Lopes, S.Pedro da Cova e a ES de São Pedro da Cova. Salientamos
ainda o empenho da Universidade Católica Portuguesa, que através dos seus
peritos externos tem incutido dinamismo nas microrredes e tem proporcionado
momentos que permitem a criação de novas microrredes e a consolidação de outras
já existentes.
Consideramos que dada
a panóplia de relações que a escola estabelece atualmente com outros, por
diversas razões, a rentabilização das redes, em geral, e das microrredes, em
particular, dependerá da utilidade que lhes for atribuída por quem faz parte
delas. O trabalho em colaboração/a partilha só é possível se os envolvidos estiverem
disponíveis para dar e receber e considerarem que a
energia/tempo despendidos são um investimento. A procura de soluções que partam
o mais próximo possível da origem dos problemas e em colaboração com os outros
pressupõem redes ativas, coesas e densas e são estas redes que o TEIP visa
estimular.
Agradecemos a
iniciativa e a presença de todos!
Sem comentários:
Enviar um comentário