domingo, 17 de março de 2013
Dicas para pais V
Motivação e Aprendizagem
Certo dia, disseram a um viajante que uma das maiores felicidades na vida
era encontrar moedas na estrada. Para poder comprová-lo, o viajante decidiu
experimentar a sensação e deitou algum dinheiro no caminho, recuperando-o logo em seguida. Mas não sentiu nenhuma alegria especial com a descoberta. Repetiu a estratégia diversas vezes, sem verificar nenhuma alteração no seu estado de espírito. Um dia, porém, distraiu-se e perdeu mesmo as moedas. Cheio de ansiedade, procurou-as pela terra do caminho horas a fio até que, finalmente, as conseguiu recuperar. Nesse preciso instante, sentiu a súbita felicidade de que tanto lhe tinham falado.
(História de tradição oriental)
A motivação é como um motor que orienta os nossos passos. Sem ela, é difícil fazer caminho. Para promovê-la, é necessário conhecer alguns dos seus segredos e experimentar os seus diversos percursos.
Chamamos motivação aos fatores internos que dão energia e direção ao comportamento, com vista à satisfação de um desejo ou necessidade.
Os indivíduos podem ser motivados por fatores que lhes sejam externos.
É o caso dos alunos que estudam unicamente para obter boas notas por causa da pressão dos pais ou professores (Motivação Extrínseca). Podem também ser dirigidos por factores
internos. Acontece quando um jovem, ao estudar, se sente compensado pelo facto de estar a aprender (Motivação Intrínseca).
Conselhos para promover a motivação
Definir objetivos pessoais.
Para os alunos se sentirem motivados, precisam de acreditar que vão executar com sucesso as suas tarefas. Se as metas forem de tal modo ambiciosas que inviabilizem à partida o êxito do projecto, eles vão sentir-se naturalmente desmotivados.
Assim, é preferível o estabelecimento de pequenos objetivos, cujo cumprimento
poderá trazer a compensação pelo esforço despendido e a confiança necessária para o estabelecimento de metas mais ambiciosas. Isto, obviamente, exige um trabalho
constante de autoavaliação e uma prática mais generalizada do ensino diferenciado.
Criar correspondência escola-casa
É importante valorizar os pequenos esforços do seu filho. Uma das estratégias
poderá ser a troca de mensagens entre o professor e o encarregado de educação, que vise assinalar os pequenos triunfos do aluno, quer ao nível da participação, do cumprimento dos deveres, quer ao nível do comportamento. Dar palavras de aprovação e de ânimo Reforçar os pequenos sucessos, lançar desafios, mostrar que acredita nas suas potencialidades levarão o seu filho a acreditar nas suas capacidades.
Atribuir simbolicamente marcas de reconhecimento
Nestas idades, a atribuição de autocolantes para premiar um determinado sucesso, ou a entrega de diplomas poderá ser especialmente estimulante.
Conceber atividades motivadoras
A criação de atividades que envolvam realmente as crianças na sua execução é um passo muito significativo para a motivação no estudo.
Para que as tarefas sejam motivadoras devem:
1. trazer um ganho que possa ser percebido pela criança. Se ela sentir que o trabalho valeu a pena, vai esforçar-se para estudar mais;
2. ser autênticas. Se o problema constituir uma situação real, o aluno mobilizará os seus saberes com mais facilidade para a sua resolução;
3. envolver diferentes aprendizagens. Se a tarefa ativar diferentes conhecimentos, será mais desafiadora e compensadora.
Estimular a automotivação.
Do ponto de vista emocional, é importante promover o otimismo, a expectativa de que tudo acabará por correr bem, apesar dos eventuaiscontratempos.
Proporcionar um ambiente familiar rico em incentivos.
Aproveite ao máximo as oportunidades para envolver a criança ao nível cultural. Uma ida ao museu, ao teatro, ao cinema, ou um simples passeio proporcionarão oportunidades importantes para o jovem se interessar pelo mundo que o rodeia.
Ajudar o seu filho a ter uma perceção positiva de si mesmo.
Quando sabemos que temos um certo controlo sobre os acontecimentos, que somos parte ativa de um processo, sentimo-nos mais confiantes, mais motivados. O mesmo se passa com os mais novos. É importante auxiliá-los a pensar sobre os seus procedimentos, as suas técnicas de estudo, os seus problemas, a fim de incentivar a sua própria autonomia e autoconfiança.
José Matias Alves
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