A
família também ensina. Ensina com os hábitos que adquiriu, com os valores que
pratica, com a linguagem que usa, com os exemplos que dá, com as regras que
instituiu institui.
A
família também ensina é, pois, uma evidência, um lugar comum. Mas é importante
ter consciência de que os ambientes familiares são muito importantes para a
educação das crianças. Pelos laços afetivos, pela permanência, pelo poder do
exemplo.
Ter
consciência de que as palavras, as regras, os hábitos, as relações familiares,
os exemplos têm uma importância vital no desenvolvimento das crianças.
Ensinamos, em larga medida, o que somos.
Para a
escola básica (e agora para
o ensino secundário) vão todas as
crianças e jovens. A escola é o único lugar social por onde todas as pessoas
passam e desempenha, por isso, um papel
central no desenvolvimento pessoal e na integração social.
E vão
à escola não apenas para estar, mas para aprender a ser. Vão para aprender
conteúdos essenciais no domínio da leitura, da escrita, do cálculo, das línguas
estrangeiras, do espaço, do tempo, das tecnologias. Para aprender a conviver, a
trabalhar em equipa, a respeitar os outros. Para viver e aprender a enfrentar a
vida futura com maiores probabilidades de êxito pessoal, social e profissional.
Sem estas aprendizagens (todas), as pessoas não terão um futuro de dignidade e
de liberdade.
A
escola é uma segunda casa, uma segunda família, agora numa escala muito maior.
Se
a escola também ensina, então é fundamental uma cooperação com a família. Um
conhecimento mútuo, um diálogo fecundo. A escola, através do diretor de turma,
pode e
deve
conhecer o contexto familiar da criança para que a educação escolar possa ter
em conta essa especificidade. E a família, através do encarregado de educação,
pode e deve informar, pode e deve conhecer a organização escolar, os seus
direitos e deveres, o programa educativo que o seu filho seguirá.
Sugestão:
pergunte ao diretor de turma quais as aprendizagens fundamentais que o seu filho
terá de realizar em determinado ano. E peça-lhe conselho sobre a forma de
cooperar para a consecução dessas aprendizagens.
José Matias Alves
Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa
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