terça-feira, 28 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
"Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?"
No âmbito do Projeto TEIP, o Agrupamento de Escolas D. Sancho I realizou o fórum "Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?".
Inaugurou-se esta iniciativa com uma mostra de pequenas atividades culturais e artísticas, nomeadamente, dança, música e poesia, protagonizada pelos alunos deste agrupamento.
No sentido de existir inclusão efetiva, sublinhou-se o papel da escola na qualificação das aprendizagens, na oferta de percursos e no encetar estratégias, para que todos se tornem cidadãos ativos e participativos na sociedade. A escola e o meio unem-se para potenciar oportunidades de vida ”Todos diferentes, todos iguais”.
Maria José Casa-Nova
frisou este sentir, esclarecendo que “a importância do papel dos professores e
da “recontextualização pedagógica” dos alunos, introduzindo-se e
socializando-se adequadamente nos saberes escolares, fazendo a ponte entre a escola,
a família e a sociedade”.
“Não sabem o quanto me magoam”
O Agrupamento de Escolas de Perafita, no âmbito do Projeto Educativo,
levou a palco a peça teatral “Não sabem o quanto me magoam”, adaptada a partir das obras Twelve and Holding e Um Adolescente.
Em cena, despontaram quadros temáticos
relacionados com a adolescência, conflitos entre pares, contextos escolares e
problemas da sociedade atual.
A representação teatral
exigiu muito trabalho e dedicação na preparação, encenação, cenário, expressões,
apropriação de falas/texto e indicações cénicas.
Parabéns!
quarta-feira, 22 de maio de 2013
A(s) Artes(s) da Inclusão e do Sucesso
Ontem, mais um virar de página com a realização do festival “As arte(s) da Inclusão e do Sucesso das escolas TEIP, em Castelo Branco.
O pano subiu e os nossos pequenos grandes “artistas”, os alunos, desfilaram talentos e habilidades com “engenho e arte”. Um espetáculo de cultura, em que as áreas artísticas e desportivas tomaram conta do palco, revelando o que de melhor se faz nas escolas TEIP.
As apresentações passaram pelas diversas dimensões da arte da inclusão e do sucesso: batukes e objetos sonoros, bailado acrobático, dramatizações, poesia musicada, dança, grupos corais, orquestras, rap, hip hop, cavaquinhos e espetáculos de percussão.
Ao longo de todo o espetáculo os alunos das diferentes escolas, com entusiasmo e profissionalismo celebraram a vida. Momentos de alegria, emoção contagiaram todos os presentes. O espetáculo terminou com a última escola convocando todos a prece de esperança, e a acreditar que se quisermos, todos, poderemos fazer mais e melhor!
A uma só voz celebrou-se a Escola, a Inclusão, a Educação!
Bem-hajam!
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Agrupamento de Escolas de Pedome - tomada de posse da Direção
Ontem, na tomada de posse da nova direção do Agrupamento de Escolas de Pedome, para o quadriénio,2013/2017, na escola sede. Depois de assinado o documento de
posse pelo Director, Fernando Lopes, este fez um pequeno discurso, em que
apresentou as linhas de ação/eixos estratégicos que se propõe executar no seu
mandato.
Técnico TEIP - o Apoio, a Facilitação e a Diferenciação
“O homem é a criação do desejo e não a criação da necessidade”
Gaston Bachelard
Atualmente, o
Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão é constituído por 45 estabelecimentos
de educação e ensino, sendo uma escola de referência para a inclusão de alunos
cegos e com baixa visão e para a intervenção precoce na infância, integrando
ainda unidade de apoio especializado para a educação a alunos com
multideficiência.
Constituindo-se desde
2009 como um TEIP e tendo, recentemente, rubricado um contrato de autonomia
escolar com o Ministério de Educação e Ciência, este território educativo é,
sem dúvida, a construção de um desejo e
não apenas o resultado de necessidades. Enquanto
coordenador do projeto Excelência (+) Cidadania (+), reconheço que os
resultados obtidos são o reflexo de um processo de influência interpessoal da
Visão, da Ação e da Autoridade, nos diferentes patamares de organização da
escola, bem como dos agentes que gravitam neste espaço escolar. Desta forma, germina
entre todos uma ligação, partilha e
cooperação, nos diferentes momentos de reflexão das práticas, bem como na
assunção das metas e objetivos a atingir e também na monitorização das mesmas.
Cultivando um clima de proximidade entre (e
com todos) os agentes educativos, a ação de um técnico de um TEIP, e ainda mais
do seu coordenador, deve fundamentar-se em três
princípios: o Apoio, a Facilitação e a Diferenciação. Estes estão instituídos
na sua relação direta com os alunos e encarregados de educação, na gestão dos
projetos escolares com os seus docentes e na assunção da missão da escola com a
sua direção, tendo sempre o interesse dos alunos e os bons resultados
escolares, inscritos em boas práticas.
Assim, mostro-me
consciente de que num TEIP, para além da necessidade de sermos técnicos, devemos
desejar ser parte integrante de um território educativo, no qual a sua construção
necessita de um postura diferenciada e diferenciadora, assumindo que a nossa
intervenção é, antes de mais, um ato de implicação pessoal.
Alexandre
Favaios
Psicólogo
Coordenador do Projeto Excelência (+)
Cidadania (+)
terça-feira, 14 de maio de 2013
Fórum - "Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?"
No âmbito do Projeto TEIP, o Agrupamento de Escolas D. Sancho I dinamizará um fórum destinado a professores e técnicos especializados sobre tema "Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?"
Esta atividade decorrerá no dia 24 de Maio de 2013, no auditório da Escola Secundária D. Sancho I, em Vila Nova de Famalicão, com início às 9h00.
A inscrição deve ser feita até ao dia 21/05/2013, através do link: tinyurl.com/forum-inclusao-qualidade
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Dicas para pais XII
Hiperatividade
Um vendedor de água, na Índia, tinha
dois cântaros que carregava com uma vara sobre os ombros. Um deles era
perfeito, sem qualquer falha, e guardava todas as gotas que o homem levava.
O outro tinha uma fenda, que largava
água por todo o caminho.
Passados alguns anos, envergonhada
pelo seu defeito, a vasilha imperfeita, interpelou o vendedor:
— Por que motivo me manténs, se verto
toda a água pelo caminho?
— Olha para a estrada por onde
passamos. Desde que te tenho que lanço sementes à terra e todos os anos tenho
recolhido as mais belas flores da região, que vendo juntamente com a água. Sem
ti não teria sido possível. A tua aparente limitação é uma das tuas maiores
capacidades.
Adaptação
de um conto de tradição hindu
3% a 5% das crianças em idade escolar no
mundo inteiro lutam com problemas de falta de atenção, impulsividade e
hiperatividade. Destas, 50% vão continuar a ter dificuldades na idade adulta.
Descubra como lidar com estas adversidades e transformá-las em dons.
A Síndrome de Atenção e Hiperatividade
É uma perturbação do desenvolvimento de
origem neuropsicológica que gera inatenção, hiperatividade e impulsividade.
Esta alteração de comportamento deve ser entendida como um problema de saúde e
não como uma questão disciplinar.
Perguntas-chave que
convém fazer para identificar um criança hiperativa
A
criança é capaz de ouvir um relato ou uma história sem interromper?
Interrompe
as refeições sem motivo aparente?
Muda
constantemente de atividade, jogo, brincadeira?
Na ida
ao supermercado pega em tudo?
Na
escola, fala com os colegas quando não o deve fazer, perturbando o trabalho?
Indicadores
1.
Atenção
Estas
crianças: distraem-se com facilidade; têm dificuldade em se concentrarem numa
tarefa durante longos períodos de tempo.
2.
Impulsividade
Respondem
sem refletir. Exigem a satisfação imediata da sua vontade.
3.
Hiperatividade
Manifestam
dificuldade em manter a mesma posição.
4.
Obediência
Aceitam
mal as indicações dos pais ou professores.
5.
Capacidades Sociais
Têm
mais dificuldade em controlar a sua conduta quando estão com outras crianças do
que quando estão sozinhas.
6.
Aprendizagem
Apresentam
dificuldades. São
lentas e brincalhonas.
7.
Afetividade
Mudam bruscamente de estado de
espírito. Revelam imaturidade para a idade. Negam os seus erros ou culpam os outros.
Exigem muita atenção. Carecem de auto-confiança.
QUESTÕES
ESSENCIAIS SOBRE A HIPERATIVIDADE
Quais são as causas da hiperatividade?
As pesquisas revelam que o aparecimento
dos sintomas de hiperatividade está ligado à genética.
A hiperatividade desaparece com a idade?
Não. O que pode acontecer é uma
modificação dos sintomas, dependendo da evolução da criança, tanto nas partes
física como psicológica, afetiva, pedagógica e social. A principal perturbação
destas crianças é o défice de atenção e não o excesso de atividade motora. O
último desaparece com o tempo, enquanto que o primeiro persiste na idade
adulta.
A
hiperatividade afeta igualmente rapazes e raparigas com a mesma frequência?
Não. A
hiperatividade afeta dez vezes mais as pessoas do sexo masculino.
Que influência tem a hiperatividade no
processo de ensino-aprendizagem?
A maioria de crianças hiperativas tem
dificuldades na aprendizagem. Os seus problemas de atenção, inquietação e falta
de reflexão levam, frequentemente, a um rendimento escolar insatisfatório.
É necessário procurar ajuda médica?
Se houver suspeitas de que a criança
possa ser hiperativa, deve recorrer-se a um médico (pedopsiquiatra,pediatra ou
neurologista) e a um psicopedagogo.
O tratamento é geralmente mais eficaz se
for conduzido por uma equipa de profissionais, que trabalhem em conjunto. O
médico fixará o diagnóstico e eventual prescrição farmacológica e o
psicopedagogo valorizará o desenvolvimento intelectual, afetivo e social da
criança, inserido no respetivo contexto familiar, escolar e social.
Conselhos
fundamentais para a vida escolar e doméstica
Como pai ou mãe, poderá ajudar a criança
a desenvolver as suas capacidades e a aumentar a sua autoestima. Seguem-se
algumas dicas que o poderão auxiliar.
Preste
atenção ao seu filho
Ouça-o, fale-lhe com paciência e carinho,
explicando-lhe o seu problema e o modo como, juntos, poderão combatê-lo.
Aceite-o
como ele é
Estes jovens têm um imenso potencial para
crescer e para se desenvolverem.
Não estabeleça, contudo, metas
desajustadas para as suas reais capacidades.
Crie
um ambiente estruturado
Estas crianças necessitam de rotinas. Em
casa, poderá manter-se um horário constante para as refeições, para o banho,
para ver televisão, para dormir. Na escola, o professor poderá criar hábitos
fixos, como a abertura da lição, escrita do sumário, correcção do TPC, etc.
Comunique-lhe, com antecedência, eventuais alterações no
ambiente escolar ou doméstico
Avise o seu filho, com alguma
antecedência, de algo diferente que possa acontecer: realização de um trabalho
de projeto, ou de uma atividade ao ar livre, visita a um amigo ou familiar,
etc.
Mantenha o contacto visual
A atenção destas crianças dispersa-se
quando não conseguem olhar nos olhos do interlocutor. Em casa, os familiares
poderão ter esse cuidado.
Na escola, o professor poderá organizar a
turma em U, para que todos os colegas se possam ver melhor.
Alterne
o trabalho sentado com atividades mais físicas
A criança hiperativa poderá fazer
pequenos recados e realizar algumas tarefas domésticas, podendo assim despender
alguma da sua energia.
Dê
ordens simples e breves
É importante que as instruções sejam
diretivas e concisas, evitando a dispersão da atenção. É fundamental atribuir
uma tarefa de cada vez, estimulando a criança a acabar as
atividades que tem em mãos.
Elogie com frequência
É
importante reforçar os comportamentos positivos da criança, por mais
insignificantes que possam parecer,
aumentando a sua confiança e autoestima.
Ajude
a criança a organizar-se
Os pais deverão insistir para que o jovem
mantenha a secretária e as suas coisas arrumadas, explicando-lhe que isso
facilitará o seu trabalho.
Estabeleça
um contrato com a criança
Ex.: Eu, João Maria Fernandes da Cruz,
comprometo-me a estudar duas horas diárias, das 18h às 20h. Os meus pais
comprometem-se, por seu lado, a deixar-me ver duas horas de televisão ao sábado
de manhã.
José Matias Alves
Faculdade de Educação e Psicologia da UCP
Faculdade de Educação e Psicologia da UCP
sábado, 4 de maio de 2013
Diálogos interprofissionais para uma intervenção de qualidade nas escolas TEIP
Realizou-se, ontem, em lisboa, o 2º Encontro - Diálogos interprofissionais para uma intervenção de qualidade nas escolas TEIP - para os técnicos que fazem o acompanhamento nestas escolas. Foram oradores Isabel Baptista, UCP, Pedro Calado, programa Escolhas e Diogo Simões, programa EPIS. Mais uma vez, focou-se a importância da intervenção e articulação - com professores, família e alunos - destes profissionais em contexto escolar. No final, os testemunhos dos técnicos que trabalham no terreno sublinharam algumas evidências que encaram como um desafio, na procura de caminhos promotores de uma melhor integração/ inclusão, proporcionando melhores condições para a aprendizagem.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Encontro de Escolas TEIP de Olhão
A Escola Básica 2, 3 João da Rosa foi anfitriã do 1º Encontro de Escolas TEIP de Olhão. Neste evento, organizado pelos coordenadores TEIP, estiveram presentes os diretores de cada um dos agrupamentos de escolas, um representante da DGEstE/DSRAL, as “amigas críticas” e equipas de docentes representativas das várias estruturas de cada unidade orgânica, com o objetivo de promover a partilha de experiências entre os intervenientes.
Os participantes foram divididos em grupos de trabalho, para debater as temáticas Supervisão Pedagógica, Monitorização/Avaliação,Relação Escola/Família/Comunidade, Diferenciação Pedagógica e Análise do Cumprimento das Metas numa Perspetiva de Futuro. No final, os relatores de cada grupo apresentaram as conclusões e foram unânimes em considerar este evento necessário e muito produtivo, pelo que ficou, desde já, agendado novo encontro, para o início de setembro.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
O papel do consultor externo TEIP
Ser consultor externo TEIP tem sido um desafio permanente pois tem implicado pensar a prática docente a partir de um ponto de vista externo, numa posição simultaneamente próxima e distante, amiga e crítica – que procura despertar no outro a vontade de experimentar e mudar, reforçando a missão da escola a partir de um plano estratégico.
A consultoria TEIP, no âmbito da equipa do Serviço de Apoio à Melhoria das Escolas da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, desenvolve-se em torno de uma leitura própria de situações-problema e de propostas de trabalho que nem sempre são geradoras de consenso; são estas interpelações que podem fazer evoluir as decisões e as opções próprias.
Por outro lado, a limitação temporal, a dificuldade em reunir uma assembleia mais alargada ou até indisponibilidade de canais de comunicação pode implicar demora na consecussão de propostas de reorganizar o projecto TEIP e enfatizar os eixos essenciais para a prossecução do sucesso escolar dos alunos – evidências que traduzem o exercício de atividades complexas por ambas as partes. O reforço da articulação entre ciclos, através do trabalho conjunto com o currículo e planificação conjunta, a par da entrada em sala de aula em todos os níveis de escolaridade, poderão ser os passos seguintes num processo que ainda vai a meio…
Encontramos junto da maioria dos professores a disponibilidade geradora de processos de diferenciação e de experimentação didática; também as lideranças exercem um papel absolutamente determinante, pela forma como gerem e conduzem as diferentes equipas, pelas opções que assumem nas escolhas de lideranças intermédias, pela abertura à mudança organizacional e aposta na transformação e, sobretudo, pela sua incansável esperança na missão educativa.
Alexandra Carneiro
SAME, FEP/UCP
Dicas para pais XI
Dislexia
Sim, é
bonito, mas onde estão as rodas? — perguntou o pequeno Albert quando viu pela
primeira vez Maja, a sua irmã recém-nascida.
Na escola, o
rapaz demorava tanto tempo a pensar antes de responder que os professores rapidamente
se irritavam. Diz-se que tinha dificuldades de leitura, de escrita e de
concentração, o que levou a que muitos nele identificassem a dislexia.
O seu
sobrenome era Einstein. Em 1919 tornou-se mundialmente famoso devido ao
reconhecimento científico da sua Teoria da Relatividade e em 1921 recebeu o
prémio Nobel da Física.
Adaptado
de Querido Professor Einstein
Edições ASA
Alunos de
inteligência normal, ou até acima da média em determinados campos do saber,
poderão ficar presos num quadro de dificuldade de leitura, que poderá ensombrar
a sua vida académica e social. É importante conhecer melhor o que é a dislexia,
para identificá-la precocemente e aprender a lidar com esta dificuldade
específica de aprendizagem.
QUESTÕES
FREQUENTES
O que é a dislexia?
É uma perturbação
na aprendizagem da leitura e da escrita, que gera dificuldades de distinção ou
memorização de letras ou grupos de letras e problemas na
ordenação de frases.
A criança com
dislexia apresenta dificuldades em organizar as palavras num código verbal.
Quando poderá ser
detetada?
Aos 4-6 anos pode
já detetar-se alguns indicadores primários da futura dislexia. A deteção
precoce afigura- se muito importante para a prevenção dos efeitos de
uma dislexia futura.
Ao
nível do pré-escolar
Problemas
articulatórios.;
Pobreza
de vocabulário.;
Dificuldades
na compreensão verbal;
Dificuldades
na perceção de cores, formas, tamanhos, posições.
Problemas
na atenção.
Dificuldade
em aprender rimas e canções.
Falta
de interesse por livros impressos.
Escolar
Dificuldades
na aquisição e automatização da leitura e da escrita .
Confusão
entre letras, sílabas ou palavras com grafias semelhantes.
Exs.:
a, o – h, n.
Confusão
entre letras que representam sons acusticamente semelhantes, como
d-t, c-q.
Inversão
de sílabas.
Desatenção
e dispersão.
Dificuldade
em copiar do quadro.
Confusão
entre direita/esquerda.
Dificuldade
em decorar sequências.
Que tipo de apoio
necessita uma criança com dislexia?
Os sintomas atrás
indicados podem, por si só, indicar apenas um distúrbio de aprendizagem.
Para diagnosticar a dislexia deverá procurar-se ajuda profissional.
Conselhos
fundamentais para a vida escolar e doméstica
Os pais deverão
respeitar a individualidade da criança e reforçar os seus pequenos êxitos.
Pode surgir com
frequência um sentimento de tristeza e de auto-culpabilização, podendo o seu
filho apresentar uma atitude depressiva diante das suas dificuldades. A
perturbação na leitura e o frequente insucesso escolar podem prejudicar
gravemente a autoestima do jovem. Torna-se, por isso, muito importante perceber
a sua situação e incentivá-lo.
A leitura em voz
alta pode ajudar a criança com dislexia.
Em casa, os pais
poderão ler as instruções das questões em voz alta, ajudando a criança a
perceber melhor o que se pretende com determinada atividade. A leitura de
contos também ajuda a desenvolver as capacidades de leitura e escrita do seu
filho.
É imprescindível
motivar o seu filho
Estas crianças
revelam frequentemente falta de atenção. O grande esforço intelectual que têm
de despender para superar as dificuldades de perceção causa alguma fadiga, que,
por sua vez, influencia a estabilidade do seu comportamento.
Estabeleça
critérios concretos em relação às capacidades reais do seu filho.
Adeque
os objetivos de determinado projeto às capacidades da criança.
Avalie
os seus progressos em função das melhorias registadas desde a fase inicial do
trabalho.
Repita
a informação.
Devido
aos frequentes problemas de distração dos jovens com dislexia, convém repetir a
informação, para assegurar que ela é compreendida.
Dê-lhes
tempo para acabar as tarefas
Uma
das grandes frustrações relaciona-se com a dificuldade que estas crianças têm
em terminar as tarefas.
Deste
modo, com mais tempo, o seu filho tenderá a ficar mais motivado e mais
confiante nas suas próprias capacidades.
Não
se esqueça das dificuldades práticas relacionadas com o problema da dislexia.
Os
pais não se podem esquecer de que o seu filho tem uma dificuldade específica de
aprendizagem, que pode afetar alguns aspetos do seu dia-a-dia. Ficam aqui
algumas destas limitações, para que nelas possam agir a atenção e a
compreensão.
Conhecendo-as,
pais e filhos, poderão enfrentar melhor esta situação:
• confusões
com as horas do dia;
• enganos
acerca dos lugares onde a criança guarda as suas coisas;
• tendência
para a desordem;
• distrações
quanto aos horários.
Algumas
estratégias que poderão ajudar estas crianças
• Reconto
de histórias simples.
• Recitação
de pequenos poemas.
• Execução
de ordens simples, como o levantar do pé/mão esquerda/direita, para desenvolver
a lateralidade.
• Realização
de exercícios para distinção de letras – p/q; b/d; m/n.
• Resposta
a perguntas sobre o horário escolar.
• Treinos
de leitura.
A
dislexia e a avaliação
No processo
de avaliação da criança disléxica, é aconselhável pôr a tónica na oralidade,
uma vez que é o domínio em que ela tem mais sucesso.
Isto
não implica, contudo, que não se deva verificar a avaliação escrita.
Neste
caso, porém, os erros não deverão ser motivo de penalização, uma vez que são
característicos da própria dislexia.
José
Matias Alves
Faculdade de Educação e Psicologia da UCP
Faculdade de Educação e Psicologia da UCP
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