quinta-feira, 5 de junho de 2014

Do JI para o 1.º Ciclo. Transição ou continuidade?

A educação escolar ocupa cada vez mais cedo um lugar importante na vida das crianças. Contudo, com a introdução artificial de etapas normalizadas num processo que é contínuo, a instituição escolar cria demasiadas vezes obstáculos a quem a frequenta. Desses obstáculos resultam frequentemente dificuldades cognitivas e emocionais sentidas pelas crianças. Como primeira reação, e para as minimizar, criam-se exercícios de transição. Da nossa prática com educadores profissionais, no jardim-de-infância e na primeira escola, reconhecemos-lhes alguma utilidade, mas entendemos que as crianças e os seus educadores não precisam deste tipo de artefactos, desde que os últimos encarem a aprendizagem como um ato contínuo. Trazemos exemplos da comunicação entre todos os envolvidos, da qual resulta que as crianças se sintam bem acompanhadas no seu trabalho de aprendizagem: quanto melhor são os canais de comunicação, menos necessários são os artefactos de transição. O diálogo evita as barreiras artificiais que emergem quando a organização da escola é confundida com o ato pedagógico.


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