A representante da Hungria
- Anna Imre - no grupo de trabalho a nível europeu relativo à prevenção da
interrupção escolar precoce, esteve no nosso país, de 17 a 20 de fevereiro, com
o objetivo de conhecer, mais pormenorizadamente, as medidas que temos vindo a
implementar nesta área e que possibilitaram a redução acentuada deste fenómeno,
nos últimos anos, em Portugal.
Em 2000, 43,6% da
população portuguesa, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, não tinha concluído o
ensino secundário, no entanto em 2012, esta taxa tinha sido reduzida para 20,8%,
o que revela uma evolução bastante positiva. Recorde-se que, no âmbito da
agenda para a Educação e Formação 2020 (“Education and Training 2020”), os
países da União Europeia se propõem reduzir esta taxa, para valores inferiores
ou iguais a 10% até 2020.
Apesar da Hungria estar
mais próxima da concretização da referida meta – em 2000 a taxa de interrupção
escolar precoce situava-se nos 13,9% tendo sido reduzida para 11,2% em 2011 –
esta problemática continua a ser considerada prioritária, estando o país a
tentar delinear um plano estratégico que lhe permita reduzir o mais possível os
casos de interrupção precoce escolar.
O facto de termos
conseguido reduzir acentuadamente a taxa de interrupção precoce escolar, em
Portugal, suscitou o interesse da representante húngara, que teve a
oportunidade de conhecer programas como o TEIP (Territórios Educativos de
Intervenção Prioritária) e o Mais Sucesso (Projeto Fénix e Turma Mais),
projetos como os Mediadores para o Sucesso Escolar da Associação Empresários
pela Inclusão social (EPIS),
ofertas educativas como o Programa Integrado de
Educação e Formação (PIEF), Cursos de Educação e Formação (CEF), Percursos
Curriculares Alternativos (PCA), Cursos Vocacionais e Profissionais, assim como
as linhas de intervenção da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
Agradece-se a todos os que
partilharam a sua experiência e boas práticas, nomeadamente, os Agrupamentos de
Escolas Álvaro Velho (Barreiro), Dr. Azevedo Neves (Amadora), Agualva-Mira Sintra
(Sintra) e Escola Secundária Lima de Freitas (Setúbal), assim como às equipas
da EPIS e da CPCJ da Amadora que, desta forma, enriqueceram a visita de estudo
efetuada pela Dra. Anna Imre.
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