Gabinete de Intervenção Social – Agrupamento Vertical de Escolas Vale
da Amoreira - Moita
“O trabalho social é hoje uma
realidade em muitas escolas devido a políticas educativas que permitem que
estas contratem técnicos especializados. Estes desenvolvem, nas comunidades
educativas, diversas atividades que contribuem para a diminuição dos problemas
sociais dos alunos e das famílias. Os desafios são imensos, mas estes
profissionais ultrapassam barreiras dia-a-dia, através de projetos
diversificados que ajudam os alunos no seu processo de aprendizagem,
contribuindo para a melhoria dos resultados educativos. Neste artigo
apresentam-se alguns dos projetos do Gabinete
de Intervenção Social do Agrupamento de Escolas TEIP do Vale da Amoreira". Este artigo resultou da reflexão sobre a importância do trabalho social nas comunidades educativas e em especial nos TEIP.
Pereira. G. (Educadora Social) e Oliveira, L., (Assistente Social). Trabalho Social: uma emergência na escola. Praxis Educare - Revista dos Profissionais Técnicos Superiores em Educação Social. Nº2- A Escola: espaço de intervenção do Técnico Superior de Educação Social (2014).
O propósito primordial dos
gabinetes nas escolas TEIP é o apoio ao aluno e á família e nesta área os pais
devem ser “vistos como parceiros e co-decisores”, como “peça indispensável para
que cada escola atinja os seus objetivos” (Teixeira, 2003, citado por Oliveira,
2010, p. 47). Para isso, é essencial, que a escola tenha como “princípios
básicos da ação educativa, a promoção de trocas interativas com a família e a
comunidade envolvente” (Santiago, 1996, citado por Oliveira, 2010, p. 47).
Assim podemos dar como exemplos nesta área:
·
Atendimentos/Acompanhamentos
– a grande maioria destes atendimentos/acompanhamentos a encarregados de
educação são resultado das sinalizações dos professores.
·
Acompanhamentos
ao Exterior – sempre que exista necessidade há um acompanhamento ao encarregado
de educação, e/ou ao aluno, a entidades para tentar desbloquear situações.
·
Visitas
Domiciliárias, estas permitem transmitir informações aos encarregados de
educação quando estão incontatáveis, fazer um diagnóstico social das famílias
mais completo e o “despiste de situações “mascaradas””(DGIDC, 2011).
·
Projeto “Oficina
para Pais”, realizado em articulação com o SPO e os parceiros da comunidade,
onde numa primeira fase, se auscultaram, os representantes dos encarregados de
educação, das turmas da escola sede, para entender os seus interesses e
necessidades. Assim, nasceram uma série de atividades tais como: informática;
culinária; sessão “como lidar com o meu filho”; comemoração de dias festivos; sessão
de orientação escolar; entre outras.
Marques considera que há
“enormes vantagens para os alunos quando os pais apoiam e encorajam as
atividades escolares” (1993, citado por Oliveira, 2010, p. 15), Musitu menciona
vários estudos que demonstram que a “participação ativa dos pais na escola não
tem efeitos positivos apenas sobre os filhos, mas também sobre os pais e as
famílias, sobre os professores e as escolas, e sobre as relações escola-família”
(2003, citado por Oliveira, 2010, p.15).
·
Projeto “
Momentos de Partilha” - Sessões para encarregados de educação sobre temáticas
que estes identificaram pertinentes, ao sucesso dos seus educandos, ou úteis às
suas funções de pais. Estas pretenderam munir os encarregados de educação com
algumas competências parentais, identificar as principais
expectativas/medos/receios que surgem no desenvolvimento global dos seus
educandos, e ainda proporcionar um ambiente agradável e confortável para a
relação filhos – pais – escola. Temas dos momentos: “Regras e Limites”, “A
importância dos Hábitos de Estudo” e “Projeto de Vida”.
Para Santos é intervindo “na
família, através do trabalho de grupo com os pais, que se mostra a importância
da relação escola-aluno-família” (2005, citado por Santos, 2012, p.22). Também,
no treino das competências parentais, há ainda muito a fazer, pois como refere
Marques “apesar das suas diferenças, todos os pais querem o melhor para os
filhos, embora nem sempre conheçam a melhor forma de os ajudar” (1993, citado
por Oliveira, p. 17). 15
Sem comentários:
Enviar um comentário