segunda-feira, 3 de março de 2014

Trabalho Social: Uma emergência na escola

 Gabinete de Intervenção Social – Agrupamento Vertical de Escolas Vale da Amoreira - Moita
“O trabalho social é hoje uma realidade em muitas escolas devido a políticas educativas que permitem que estas contratem técnicos especializados. Estes desenvolvem, nas comunidades educativas, diversas atividades que contribuem para a diminuição dos problemas sociais dos alunos e das famílias. Os desafios são imensos, mas estes profissionais ultrapassam barreiras dia-a-dia, através de projetos diversificados que ajudam os alunos no seu processo de aprendizagem, contribuindo para a melhoria dos resultados educativos. Neste artigo apresentam-se alguns dos projetos do Gabinete de Intervenção Social do Agrupamento de Escolas TEIP do Vale da Amoreira". Este artigo resultou da reflexão sobre a importância do trabalho social nas comunidades educativas e em especial nos TEIP. 


Pereira. G. (Educadora Social) e Oliveira, L., (Assistente Social). Trabalho Social: uma emergência na escola. Praxis Educare - Revista dos Profissionais Técnicos Superiores em Educação Social. Nº2- A Escola: espaço de intervenção do Técnico Superior de Educação Social (2014).



O propósito primordial dos gabinetes nas escolas TEIP é o apoio ao aluno e á família e nesta área os pais devem ser “vistos como parceiros e co-decisores”, como “peça indispensável para que cada escola atinja os seus objetivos” (Teixeira, 2003, citado por Oliveira, 2010, p. 47). Para isso, é essencial, que a escola tenha como “princípios básicos da ação educativa, a promoção de trocas interativas com a família e a comunidade envolvente” (Santiago, 1996, citado por Oliveira, 2010, p. 47). Assim podemos dar como exemplos nesta área:

·         Atendimentos/Acompanhamentos – a grande maioria destes atendimentos/acompanhamentos a encarregados de educação são resultado das sinalizações dos professores.

·         Acompanhamentos ao Exterior – sempre que exista necessidade há um acompanhamento ao encarregado de educação, e/ou ao aluno, a entidades para tentar desbloquear situações.
·         Visitas Domiciliárias, estas permitem transmitir informações aos encarregados de educação quando estão incontatáveis, fazer um diagnóstico social das famílias mais completo e o “despiste de situações “mascaradas””(DGIDC, 2011).
·         Projeto “Oficina para Pais”, realizado em articulação com o SPO e os parceiros da comunidade, onde numa primeira fase, se auscultaram, os representantes dos encarregados de educação, das turmas da escola sede, para entender os seus interesses e necessidades. Assim, nasceram uma série de atividades tais como: informática; culinária; sessão “como lidar com o meu filho”; comemoração de dias festivos; sessão de orientação escolar; entre outras.

Marques considera que há “enormes vantagens para os alunos quando os pais apoiam e encorajam as atividades escolares” (1993, citado por Oliveira, 2010, p. 15), Musitu menciona vários estudos que demonstram que a “participação ativa dos pais na escola não tem efeitos positivos apenas sobre os filhos, mas também sobre os pais e as famílias, sobre os professores e as escolas, e sobre as relações escola-família” (2003, citado por Oliveira, 2010, p.15).

·         Projeto “ Momentos de Partilha” - Sessões para encarregados de educação sobre temáticas que estes identificaram pertinentes, ao sucesso dos seus educandos, ou úteis às suas funções de pais. Estas pretenderam munir os encarregados de educação com algumas competências parentais, identificar as principais expectativas/medos/receios que surgem no desenvolvimento global dos seus educandos, e ainda proporcionar um ambiente agradável e confortável para a relação filhos – pais – escola. Temas dos momentos: “Regras e Limites”, “A importância dos Hábitos de Estudo” e “Projeto de Vida”.

Para Santos é intervindo “na família, através do trabalho de grupo com os pais, que se mostra a importância da relação escola-aluno-família” (2005, citado por Santos, 2012, p.22). Também, no treino das competências parentais, há ainda muito a fazer, pois como refere Marques “apesar das suas diferenças, todos os pais querem o melhor para os filhos, embora nem sempre conheçam a melhor forma de os ajudar” (1993, citado por Oliveira, p. 17). 15

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